Uma coisa me deixa realmente intrigado, como algumas pessoas passam anos
de sua vida simplesmente aceitando cada comando, imposição ou contexto que
contrarie sua vontade sem se posicionar, queixar, lamentar ou mudar.
É aquele tipo de pessoa que se questionada se quer comer salada ou
churrasco ela balança a cabeça enigmática e deixa a decisão na mão dos outros.
Acaba levando uma vida apática e sempre conduzida pelos demais, chega
até a se questionar com esse cenário, mas na realidade se cala e suspira
sozinha. Curiosamente se questiona porque sua vida é ruim, mas sequer percebe
que é resultado de sua escolha em não escolher nada.
Seus sonhos estão mais que esquecidos e seus desejos em último lugar. A
tal ponto que perdem a vivacidade na hora de falar e expressar suas vontades.
Quando não sabemos dizer NÃO, alguém vai dizer sim e muitas vezes esse
sim pode ser invasivo e até abusivo.
Dizer não é definir para o outro até onde vai sua pele, seu espaço
pessoal, sua vontade e sua capacidade. Ao dizer não para alguém você não está
tirando a importância que essa pessoa tem, apenas respeitando a dela.
Curiosamente essa cultura de insistir quando não existe receptividade é
“tipicamente” brasileira. Parece que somos um pouco mimados em nossos pedidos e
forçamos a barra deixando quem é intimado contra a parede e sem escolhas.
Respeitamos bem pouco a individualidade de alguém nesse tipo de
insistência.
E quem atende sem nunca recusar, infelizmente alimenta esse ciclo de
mimos sem fim. Não será a primeira e nem a última vez que acontecerá, portanto,
respeite a si mesmo antes de decidir pelo sim.
O não também é uma forma de amor!
Fonte: Portal Sobre a Vida
Reflexão selecionada pela
Equipe Coaching e Vida www.coachingevida.com.br