segunda-feira, 25 de março de 2013

A linguagem corporativa e o bem-estar profissional



A facilidade em se expressar ou fazer relacionamentos tem peso importante no gerenciamento do estresse. Ser hábil para estabelecer uma rede de relações funciona como uma válvula de escape para lidar melhor com as pressões do dia-a-dia, o excesso de tarefas e os prazos apertados.

Muitos profissionais da área de recursos humanos já intuíam sobre isso. Por isso é cada vez mais frequente investimentos em workshops e treinamentos que mostrem aos colaboradores maneiras de atuar em grupo e de praticar técnicas de persuasão e negociação. Pesquisa feita no primeiro semestre do ano passado pela ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção, deu aval a esta tendência.

O estudo, realizado com 230 profissionais, entre gerentes de três empresas nacionais de grande porte, concluiu que a eficiência na comunicação interpessoal funciona como um colete salva-vidas, atenuando os efeitos negativos das pressões e demandas em nível físico, emocional e comportamental. E que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho dentro das empresas.

Para chegar a este resultado foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional.

Negociar soluções, contar com o apoio e o suporte do colega da mesa ao lado, e, principalmente, saber se expressar, expor suas ideias com clareza e contar com uma rede de parceiros, ajuda numa rotina mais equilibrada e menos tensa –para você mesmo e também para a equipe. Sabe-se que, nos Estados Unidos, o estresse profissional tem custo estimado em 300 bilhões de dólares ao ano e nos países membros da União Europeia este valor gira em torno de 265 bilhões de euros – números relativos ao absenteísmo, rotatividade, lesões no trabalho e seguro saúde. Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos valores similares a esses.

Os níveis elevados do estresse levam a problemas de saúde como hipertensão, obesidade, distúrbios gastrointestinais, lesões por esforço repetitivo, dores musculares, insônia, ansiedade e depressão. Dados da ISMA-BR mostram que 70% dos brasileiros economicamente ativos têm sua saúde abalada pelo excesso de estresse. E 30% apresentam a síndrome de burnout, nível elevado de tensão, em que a pessoa se sente literalmente sem saída.

Esta situação pode levar a uma depressão grave. Exercitar a linguagem corporativa é apenas mais uma ferramenta para aqueles que pretendem aprender a lidar com o estresse, sem danos à saúde.

Autora: Ana Maria Rossi

Reflexão selecionada pela Equipe COACHING E VIDA.

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