segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Dor e o Prazer



A dor e o prazer são mecanismos universais. Tudo que vive está sujeito a eles. A história da humanidade ainda é um livro com dor e sofrimento. E voltamos à velha questão: por quê?
É uma punição? Uma reparação do passado? Uma expiação? Será uma grande brincadeira do destino? O que é afinal?

Fundamentalmente são considerados reflexos de uma lei de equilíbrio.

A dor e o prazer são duas formas extremas e contrastantes da sensação. Para suprimir uma ou outra, seria necessário suprimir a sensibilidade, o que é impossível. São, pois, inseparáveis em princípio e ambos necessários à evolução.

A dor física produz sensações; o sofrimento moral produz sentimentos. Mas, no íntimo, sensação e sentimento confundem-se. Assim, o prazer e a dor não estão nas coisas externas, mas em nós mesmos, por isso cabe a nós regular as sensações, disciplinar os sentimentos, dominar uns e outros, e limitar-lhes os efeitos. Em suma, viver com sofrimento ou ter prazer em viver são consequências diretas de nossas escolhas e do modo como encaramos a vida.
Epíteto dizia: "As coisas são apenas o que imaginamos que são". Cabe-nos, pela vontade, entender a dor e torná-la proveitosa.

Se a dor nos aponta as causas do sofrimento, o prazer nos impulsiona às descobertas. Se o homem não fosse incitado ao uso dos bens da terra, sua indiferença poderia comprometer a harmonia do universo: temos o atrativo do prazer que nos chama ao cumprimento dos objetivos da Providência, ao mesmo tempo que põe a teste sua relação de domínio sobre eles, dentro da proposta de ser senhor das coisas da terra. 

A dor e o prazer são também verso e reverso de uma mesma moeda ou, se quiserem, mais um dos movimentos cíclicos da evolução. O excesso de prazer pode conduzir à dor, mostrando-nos uma fraqueza da personalidade, caso típico das relações com substâncias químicas que geram dependência, mas pode-se dar também em questões morais, como, por exemplo, o prazer de mandar, mostrando uma face autoritária do ser.

Esses excessos trarão reações idênticas como retorno, desencadeando doenças aflitivas ou nos abrindo as portas da solidão, do abandono. 

A ausência ou a negação do prazer, ensinada por muitas correntes religiosas e filosóficas, são desestruturadoras, pois negam a natureza humana, acarretam dor, comportamentos apáticos, doentios, depressivos.

Somos os interessados diretos e principais responsáveis por nossas escolhas. Não é porque somos punidos ou culpados que sofremos, é porque esse é o mecanismo da vida para nos alertar quanto às escolhas que fazemos. Somos responsáveis por nossos atos, por nossas escolhas, que desenham ao nosso redor as experiências que vivemos.

Autora: Ana Cristina Vargas

Reflexão selecionada pela Equipe Coaching e Vida

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Invista em você!



No mito da caverna de Platão o homem vivia no fundo da caverna e via apenas um mero reflexo  de sombras  refletido na pedra.  Não conhecia a verdade e por outro lado já estava  tão habituado na mesmice que não preocupava- se em ir em busca  do real.

As pessoas que simplesmente não buscam suas verdades por medo ou por comodismo têm indagações, mas contentam-se com as explicações de outros e incutem a verdade dos outros como se fossem suas.

Não tenha medo de tirar a venda dos olhos;  muito melhor cometermos nossos próprios enganos e erros  porque aprenderemos com eles. 

Levante-se! Veja como a vida esta passando rapidamente. Não perca mais tempo para iniciar aquele velho projeto.

Faça uma faxina em você mesmo, jogue fora o que é obsoleto.

Dicas?! Cuide de seu corpo e mente! Pratique esportes! Leia bons livros! Procure novos ares!

Retire o mofo acumulando pelos anos de inércia, trace novos objetivos na  vida. Renove-se:  faça cursos, mude seu visual, viaje, construa novas amizades. Conheça melhor a si próprio. Veja a força que existe dentro de você! Tenha coragem de mudar o que já não te faz feliz. 


Pratique a caridade, ajude seu próximo. Tente realizar seus sonhos dentro do que é possível. 
Você não é máquina  para mudar sua vida em um click, contudo pode mudá-la para melhor aos poucos e de forma contínua. 

Procure amigos que possam edificar e não derrubá-lo. Não perca tempo pensando o que os outros pensam de você. Se por acaso falhou, aprenda a pedir desculpas. Aprendemos e erramos o tempo todo.


Aja para com os outros de acordo como você gostaria que agissem com você. Ao pensar o bem para os outros estará atraindo o bem para si. 

Não viva num mundo de ilusão, muitas vezes é preferível uma verdade dura a um conto de fadas falso ou uma  mentira enfeitada.


Autor: Claudia Engleus

Reflexão selecionada pela Equipe Coaching e Vida

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Manual das pequenas negociações


Negociar é, antes de tudo, um exercício de empatia. É muito difícil sacar argumentos convincentes sem antes enxergar a situação com os olhos do outro.
É preciso ler o cenário, se deixar levar até um certo ponto, até que uma conexão favorável tenha sido criada, para então assumir o controle e conduzir. Sem realmente deixar que o outro se mova, não conseguimos ganhar confiança. Qualquer argumento soa forçado.
Quando um vendedor diz “Faria tal preço, mas só para você”, ele está tentando criar um sentimento de exclusividade.
Na verdade, o que fica implícito com esse comentário aparentemente gentil é que é o vendedor quem define para quem ele fará o preço especial, como se a negociação estivesse inteira na mão dele.
Mostrar-se ofendido com esse comentário impediria que o jogo continuasse. Mostrar-se desconfortável colocaria o comprador em uma posição péssima.
Em situações em que os papéis estão escrachadamente declarados (vendedor de shopping e comprador, por exemplo), a ironia manda uma mensagem do tipo ”Eu sei que isso é um jogo e estou confortável com isso”. É um bom quebra-gelo.
E você, qual sua estratégia em uma negociação?
Autor: Eduardo Amauri
Reflexão selecionada pela equipe Coaching e Vida

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Guardar dinheiro ou Aproveitar a vida?


Nem todos conhecem o conto da cigarra e da formiga, farei um breve resumo. A cigarra era conhecida entre os animais por estar sempre dançando, cantando e fazendo seu barulho típico em tom de divertimento e liberdade. Sempre olhava para as formigas trabalhando exaustivamente e caçoava delas por estarem sempre ocupadas e carregando pesados fardos nas costas, sem nunca descansar e se alegrar. 
Essas, por sua vez, olhavam de canto para a cigarra e lamentavam ver alguém irresponsável que nunca se preocupava com nada. Até que veio o inverno e a cigarra, como não tinha se preparado, passou muito frio e fome até que bateu na porta do formigueiro para pedir abrigo e comida. As formigas que estavam repletas de suprimento resistiram ao pedido inicial, mas diante da irresistível alegria da cigarra cederam e a trouxeram para o formigueiro e atravessaram juntas a fase difícil.
Esse conto revela dois perfis típicos de personalidade em se tratando de como lidar com os desejos: os obsessivos e os histriônicos. As obsessivas são aquelas pessoas metódicas, que pensam no futuro, regulam cada ação com disciplina e rigidez. Nunca se permitem gozar a vida até terem toda a segurança possível e, para isso, acumulam tudo o que podem para garantir uma estabilidade que “nunca” vem. Férias nunca surgem e recompensas são sempre adiadas, guardam dinheiro para ter mais dinheiro.
Ambas posturas estão aprisionadas na sensação de escassez. A personalidade histriônica tem certa ingenuidade e excesso de confiança, como a cigarra que acredita que sempre poderá dar um jeito em tudo. Certamente não saberá lidar com impedimentos, frustrações e fracassos e sempre atribuirá seus insucessos à má sorte. Já as formigas-emocionais tem um pessimismo mascarado de realismo, pois sua promessa de usufruto nunca chega e a melhor parte do bolo nunca é finalmente abocanhada, já que ainda não há o suficiente para os dias difíceis.
O dinheiro é sempre um fator que nos coloca diante do desafio frente ao desejo. Nessa hora muitos sucumbem à sua cigarra interior e se lambuzam diante dos apelos de gastos sem a menor capacidade de provisionar para aquilo que realmente é significativo na vida. Gastam seu dinheiro com consumo imediato e sem perceber deixam de lado grandes projetos de felicidade que poderiam alavancar sólidos e reais momentos de prazer.
Os acumuladores são capazes de morrer sem nunca viver um momento autêntico de bem-estar despreocupado. Mesmo nas férias eles contam centavos e mesquinham pequenas satisfações justificando a velha e aprisionadora segurança.
Podemos pensar neste paradoxo entre gastar desenfreadamente e poupar sovinamente ao aceitar duas coisas na vida. A primeira é que não há garantia para a satisfação do desejo, ele é um cigano insaciável, sempre querendo mais e mudando de estadia. Tentar atender ao desejo a todo custo é uma ingenuidade, mas renegá-lo ou sublimá-lo perpetuamente é também uma utopia que amargura o cotidiano.
A segunda é que, apesar da incompletude da vida, podemos proporcionar a nós mesmos prazeres de curto, médio e longo prazo, num tipo de usufruto pessoal, que não estrangule o presente, como a formiga, e nem crie transtornos futuros, como faz a cigarra.
Podemos pensar em tipos de pessoas que agem de um jeito ou de outro, mas a realidade é que possuímos em maior ou menor grau essas posturas mentais coexistindo dentro de nós.
Autor: Eduardo Amuri

Reflexão selecionada pela equipe Coaching e Vida

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