O que é a Resiliência?
É a capacidade concreta de retornar ao estado natural de excelência, superando situações críticas.
A resiliência diz respeito à capacidade das pessoas, das equipes e das organizações, não só de resistirem à adversidade, mas também de utilizá-la em seus processos de desenvolvimento.
Essa palavra tem origem no latim. Resílio significa retornar a um estado anterior. Na engenharia e na física ela é definida como a capacidade de um corpo físico voltar ao seu estado normal, depois de ter sofrido uma pressão sobre si. Em ciências humanas representa a capacidade de um indivíduo, mesmo num ambiente desfavorável, construir-se positivamente frente às adversidades.
As formas positivas de conduta de crianças e/ou grupos de indivíduos apesar de viverem em condições adversas, motivaram e deram origem ao desenvolvimento de pesquisas no campo das ciências sociais.
Outros conceitos são apresentados, dando o mesmo enfoque ao termo:
· Capacidade de uma pessoa ou sistema social de enfrentar adequadamente as circunstâncias difíceis (adversas), porém de forma aceitável. (Vanistendael, 1994).
· Capacidade universal humana para enfrentar as adversidades da vida, superá-las ou até ser transformado por elas (...). (Grotberg, 1995).
· Conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que possibilitam ter uma vida sã vivendo em um meio insano. (Rutter, 1992).
· Capacidade de resistir à adversidade e de utilizá-la para crescer que, desenvolvida ou não, cada pessoa traz dentro de si. (Costa, 1995).
· Capacidade de as pessoas resistirem às adversidades e de, até mesmo, aproveitá-las para seu crescimento pessoal e profissional. Designa originalmente a capacidade que têm os materiais de retornar ao seu estágio anterior depois de submetidos a uma força deformadora. Os conceitos de resiliência são muitos, e todos estão relacionados aos sentimentos positivos.
Não caberiam aqui as emoções negativas como raiva, medo e tristeza. Muito mais cabíveis estão as emoções positivas já mencionadas anteriormente: alegria, prazer e amor. E ainda acrescentando a coragem. Esta seria a alavanca para o desenvolvimento quando se pretende o enfrentamento com as condições adversas do meio em que se vive.
Distinguimos características próprias em cada pessoa e cada uma apresenta um ponto de vista, uma forma peculiar de perceber os acontecimentos à sua volta, ou seja, cada indivíduo tem a sua própria forma de interpretar o mundo.
Costumamos chamar algumas pessoas de pessimistas e negativistas quando transformam em lamúrias os obstáculos que surgem, transformando-se em vítimas e requerendo a piedade. Esse sentimento muitas vezes contagiante é capaz de destruir qualquer chance de sucesso.
Por outro lado, nos deparamos também com pessoas às quais chamamos otimistas. Estas sempre apresentam grande parcela de esperança e confiança. Igualmente contagiante esse sentimento é capaz de promover o êxito das ações.
O estudo sistemático da resiliência nas pessoas e nas organizações revelou que ela não é uma qualidade única e extraordinária, característica intransferível de um grupo especial de pessoas. A resiliência é antes de tudo a resultante de qualidades comuns que a maioria das pessoas já possui, mas que precisam estar corretamente articuladas e suficientemente desenvolvidas.
Nenhum componente da resiliência é parte estável da nossa personalidade. Ora somos mais corajosos, ora menos. As características estão em graus diferentes dentro de nós. A existência de uma força não garante a presença da outra. O importante é avaliar periodicamente suas forças e limitações. E quando tiver oportunidade utilize suas forças . Enquanto isso, você pode desenvolver atributos de resiliência que lhe pareçam mais fracos, se preparando para lidar com futuros pontos de bifurcações.
Temos que ser “flexíveis” para fazer estas passagens, e segundo Nelson (1997), existem muitos modos diferentes de se desenvolver resiliência. Esta autora descreve dez habilidades que se forem exercitadas, conduzem a uma maior habilidade de ser resiliente:
1- Manter o senso de humor e perspectiva;
2- Aprender a lidar com estresse característico das situações de mudança;
3- Permitir-se enfraquecer, recuar, sentir dor, curar e retornar ao estado original;
4- Saber lidar com o ódio;
5- Manter positiva a auto – estima;
6- Ser capaz de visualizar um futuro melhor;
7- Ser criativo;
8- Tornar-se um sobrevivente repleto de recursos;
9- Assumir riscos (ter coragem);
10- Manter a fé.
2- Aprender a lidar com estresse característico das situações de mudança;
3- Permitir-se enfraquecer, recuar, sentir dor, curar e retornar ao estado original;
4- Saber lidar com o ódio;
5- Manter positiva a auto – estima;
6- Ser capaz de visualizar um futuro melhor;
7- Ser criativo;
8- Tornar-se um sobrevivente repleto de recursos;
9- Assumir riscos (ter coragem);
10- Manter a fé.
Referências bibliograficas:
FLACH,Frederic A Arte de ser Flexível –Resiliência- Editora Saraiva, Rio de Janeiro 1991
Shirley Serra tem formação em Psicologia, Pós-graduação em Adm. de RH pela Fundação Getulio Vargas - SP e MBA em Gestão Empresarial pelo INEA; Personal , Professional e Executive Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching; 14 anos de atuação na área de RH, Especialista na área de Desenvolvimento com ênfase em Liderança; Atualmente Coordenadora de RH de Multinacional do ramo automotivo. Consultora de negócios e Business Coach – SC Coaching.
Muito bom Shirley. Meire
ResponderExcluirExcelente reflexão. Nos faz pensar na nossa capacidade de lidar com a pressão. Verônica
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