O erro é um instrumento de aprendizagem. Todos nós devemos receber “Delegação” para errar! Você pode errar, mas não pode repetir o mesmo erro. Na minha ausência erre por ação, mas não por omissão.
As
colocações anteriores parecem familiares? Pois são mesmo. Todas refletem uma
postura “Educativa” diante do ato de errar.
Apesar
de tudo, existem várias situações ou tipos de erro que as pessoas cometem,
repetidas vezes, como se gostassem de errar. Na maioria das vezes, essa repetição
não é consciente para o “autor”, mas fica evidente para aqueles que o cercam,
criando uma imagem de alguém muito desligado ou pior, incompetente.
Esse
“Amor” pelo erro parece ter algumas causas, dentre as quais: o medo de se
arriscar; o dilema entre fazer o que se gosta ou fazer o que é certo; pouca
flexibilidade e resistência à mudança; um estilo gerencial do superior que
ignora o sucesso e com essa postura acaba recompensando o fracasso. Em raras
situações, a causa pode assumir ares de sabotagem de alguma ideia nova do
superior ou de outras pessoas da organização.
Sem
querer ser prescritivo, vamos enumerar, a seguir, alguns dos erros que mais
comumente são repetidos:
a) Resolver problemas buscando eliminar seus efeitos e não procurando acabar com as respectivas causas;
b) No
exercício de uma posição gerencial, derivar motivação/felicidade pelo fazer
˝sozinho˝ e não de conseguir motivar a equipe para uma ação sinérgica;
c) Pedir
a outro o que, para si mesmo, não seria possível e razoável fazer (prazos,
custos, competências);
d) Não
agredir verbalmente quem lhe disse uma mentira; use o silêncio para
desconsertá-lo ou fazê-lo cair na real. Agressão gera sempre agressão;
e) Não
alardear a mentira: deixe-a ficar entre quatro paredes, torne-a reversível para
o outro, facilitando o voltar atrás;
f) Um
bom argumento ou uma excelente ideia não devem ser defendidos apenas em termos
de resultados qualitativos. Sem os números a “Coisa” fica no aspecto de uma
mera opinião;
g) No
relacionamento com um cliente não fique apenas no que você deseja vender ou
naquilo que ele quer comprar. Se todos agem assim, porque não procurar
identificar o algo que o cliente realmente precisa, mas não tem consciência, percepção da necessidade.
h) Todos
sabem vender, argumentar bem, utilizar ações que no passado funcionaram, sem se
preocupar com que isso representa a mesma “lenga lenga” de sempre. Cada vez
mais, todos nós, somos voltados para quem nos ajuda a conseguir melhorar os
resultados do que fazemos. Dentro dessa abordagem que tal assumir uma postura
de solucionador os problemas de cada cliente? De alguém que faz mais do que é
pedido?
i) Não
guarde para si todo conhecimento, informação e novidade. Não é daí que nasce o
poder. Na circulação do conhecimento, e conseqüente sinergia, é que se constrói
uma relação mais duradoura e eficaz;
j) Não
repita mil vezes o mesmo discurso, aquelas intenções maravilhosas, acreditando
que isso vai levá-lo a algum lugar. O discurso nada vale se não for acompanhado
pelas respectivas ações;
k) Colocar
sempre a culpa nos outros pode ser uma postura mais fácil, mas extremamente
desagregadora;
l) Incentivar
o trabalho em equipe, mas premiar o individualismo é um comportamento que, a
curto prazo, acaba com a sinergia;
m) A
felicidade está naquilo que não se tem; você conhece melhor forma de ser
infeliz?
n) Ser
coerente em suas crenças, posturas, comportamentos, quer seja no trabalho ou em
casa. Não dá para ter “Duas Caras” impunemente e a longo prazo.
Então,
vamos repetir a pergunta: “Você gosta de errar”? Relendo o texto, você deve ter
se visto no espelho algumas vezes. Não concorda? Então faça um teste, pergunte
à sua mulher, ao seu maior amigo, se você é um reincidente específico em
relação aos erros que comete. Você vai ficar surpreso com a resposta.
Por
mais que queiramos acreditar, a repetição de um erro não é condição suficiente
para transformá-lo em acerto.
Autor:
L. A. COSTACURTA
JUNQUEIRA
Reflexão selecionada pela equipe SC Coaching.
Reflexão interessante. Roberto
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