Não gosto de pensar na Paixão como algo técnico e estático, difícil defini-la como um conceito. Toda vez que estou diante de um paciente ou cliente muito apaixonado fico num dilema: embarcar no entusiasmo do apaixonado ou ser a “carrasca” da paixão, trazendo a consciência e a realidade muitas vezes fria e cruel para quem está nas nuvens. Nunca achei dentro da Psicologia uma boa definição para esta mistura de sentimentos e sensações tão poderosa. . .
A paixão é visceral, tem movimento e ação.
Penso que Lenine captou muito bem essa força avassaladora e muitas vezes destruidora que chamamos de paixão...
E nos joga nessa sinuca
Que faz perder o ar e a razão
E arrepia o pêlo da nuca
Aquilo reage
Incendeia
Faísca, risca, trisca, rodeia
Dispara o rito certeiro
Avassalador
Chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador
Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar
Aquilo bate, ilumina
Invade a retina
Retém no olhar
O lance que laça na hora
Aqui e agora,
Futuro não há
Aquilo se pega de jeito
Te dá um sacode
Pra lá de além
O mundo muda, estremece
O caos acontece
Não poupa ninguém;
Stella Costa – Psicóloga e Coach
Equipe SC Coaching
Você é apaixonante Stella, te admiro. Paulo
ResponderExcluirA paixao é como uma droga, vicia e destrói. Regiane Martins - veterinária
ResponderExcluirA paixão é inexplicável. Difícil mesmo pensar e materializa-la. Valeu a leitura. Parabéns pela sensibilidade que tens. Rachel
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