Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas que quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".
Agir como ”tribalista” tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Afinal, quando foi estabelecido que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.
Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças, é você realmente compartilhar todas as suas emoções, boas e ruins com alguém, é você dividir experiências afim do crescimento mutuo, Saber respeitar as individualidades que são pertinentes ao ser humano. Enfim é você encontrar a sua alma nos olhos daquela pessoa!
Texto Original: Relacionamentos “Moderninhos” – Arnaldo Jabor
Reformulado: Namoro é coisa do Passado? – Felipe Rezende
Que maravilha saber que há jovens que, precocemente, podem visualizar a arte de viver bem! De respeitar o próximo e de saber que atitudes egoístas só nos favorecem momentaneamente. Parabéns pela reflexão, muito necessária em nossos dias tão solipsos! Nádia
ResponderExcluirAdorei o texto Felipe, sobretudo por perceber que você compactua com tudo isso!
ResponderExcluirA nova geração ficando com a lição das gerações anteriores, muito bom querido, parabéns! Eu chamo isso de E V O L U Ç Ã O.
Rita Novaes