Cada qual vive o seu cotidiano que começa com a higiene pessoal, a forma como vive, o que come, o trabalho, as relações familiares, os amigos, o amor. O cotidiano é rotineiro, convencional e, não raro, carregado de desencanto. A maioria da humanidade vive restrita ao cotidiano com o anonimato que ele envolve.
Mas os seres humanos são também habitados pela imaginação. Ela rompe as barreiras do cotidiano e permite dar saltos. A imaginação é, por essência, fecunda; é o reino das probabilidades e possibilidades, de si infinitas. Imaginamos nova vida, nova casa, novo trabalho, novos relacionamentos.
É da sabedoria de cada um articular o cotidiano com o imaginário. Se alguém se entrega só ao imaginário, pode dar por si a fazer uma viagem, a voar pelas nuvens esquecido da Terra e acabar vivendo em mundo não tão real. Pode também negar a força sedutora do imaginário, sacralizar o cotidiano e viver preso, dentro dele. Então mostra-se pesado, desinteressante e frustrado. Rompe com a lógica do movimento universal.
Quando alguém, entretanto, sabe abrir-se ao dinamismo do imaginário e às oportunidades presentes na crise e ao mesmo tempo mantém os pés no chão, quando assume o seu cotidiano e o vivifica com injeções de novidade e de criação, então começa a irradiar uma rara energia interior. Dele sai a força de expressão. Emerge a singularidade pessoal. Há luz e brilho na vida, originalidade no que propõe e criatividade nas suas práticas.
Portando a correta junção desses dois elementos (cotidiano e imaginação), pode resultar em novas possibilidades de vida, novas oportunidades que passam desapercebidas em situações comuns de nosso dia.
Texto Original: Leonardo Boff
Reformulado por: Felipe Rezende – Coaching Assistant – Equipe SC Coaching
É preciso muuuita imaginação para enriquecer nosso cotidiano. Curti! Valéria
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