“Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que vence esse medo.
“(Nelson Mandela)”
Era uma vez uma lagarta. Como todas as outras lagartas, tinha o grande desejo de virar borboleta e voar. Mas, infelizmente, tinha muito medo do escuro.
Por ter medo do escuro, a pequena lagartinha recusava-se a tecer seu casulo. A ideia de passar algum tempo presa na escuridão era assustadora demais e ela dizia não estar preparada. Afinal, era uma jovem lagarta e teria todo o tempo do mundo para se preparar para aquele desafio. Enquanto isso ficava contente por ter folhas verdes e frescas à sua disposição.
Por mais que desejasse voar, a pequena lagartinha não podia dizer que era infeliz com sua vida de lagarta. O conhecido era confortável e ela ficaria assim até a coragem aparecer.
Mas o tempo passou e a pequena lagarta não criou coragem, não perdeu o medo do escuro e não teceu seu casulo. Todas as outras pequenas lagartinhas como ela, se tornaram grandes lagartas. Mas, diferente dela, as outras grandes lagartas teceram seus casulos, passaram seu tempo na clausura da escuridão e então renasceram belas borboletas.
A pequena lagartinha, agora grande e gorda de tanto comer folhas, via suas velhas conhecidas sobrevoando seu jardim - as mais belas e coloridas borboletas - e as invejava. Mas, embora seu corpinho já não fosse mais verde e tendesse mais para o marrom, e suas perninhas já não fossem mais tão fortes a gorda lagartinha ainda não se sentia preparada para enfrentar a escuridão de um casulo.
Então, um dia, a gorda lagartinha que agora era também uma lagarta velha e fraca se sentiu mais fraca ainda. Achou um cantinho no meio das raízes das plantas do seu jardim e permaneceu ali, pensativa. Descobriu então que ficou presa na escuridão a vida inteira porque, embora não tenha sido exatamente infeliz, nunca viveu em sua plenitude. A gorda lagartinha velha descobriu que o medo de ficar presa por pouco tempo na escuridão lhe tirou a liberdade de uma vida inteira voando à luz do sol.
Então, depois de entender tudo isso, aquela pobre lagartinha deu um último suspiro.
E morreu sem nunca ter podido voar. (Renata Esteves)
Reflita e analise se você está fazendo da sua vida o que a lagarta fez com a dela: deixou de viver a plenitude por medo e se conformou com o que tinha!
Roberta Marin Passos
Psicóloga e Coach
Equipe SC Coaching
Amei Roberta. Amo filosofia. O mito da caverna de Platão tem o significado parecido. Abs. Mauro
ResponderExcluirAdoro os mitos, acho que eles ensinam muito sobre a vida. Obrigada pelo comentário.
ResponderExcluirAbraço
Roberta Marin Passos
Sou uma pessoa com muitos sonhos e vejo que meus irmãos estão esperando "sei lá o que" para acordarem para a vida real. Espero que realmente existam outras vidas, porque muitas pessoas vão precisar dela para se dar conta que esta já foi, talvez realmente no último suspiro. Gostei da reflexão Roberta, vou amanhã repensar algumas coisas da minha vida também. Phillipe.
ResponderExcluirBoa reflexão. Curti! Maria
ResponderExcluirO homem que pula é a borboleta que ela poderia ter sido ?! rs Gino
ResponderExcluirRoberta beau texte, j'ai aimé le message. Anne M.
ResponderExcluirMuito obrigada pelos comentários, amigos: Philipe; Maria; Gino e Anne
ResponderExcluirAbraço
Roberta Marin Passos
Philipe, não se esqueça que tem pessoas que escolhem "comer, comer e esperar o tempo passar, mesmo que não seja plena....não quer dizer que seja infeliz".Abraço
ResponderExcluirRoberta Marin Passos
Bacana Roberta! Marcelo N.
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